
Publicado no Environmental Science & Technology, um estudo recente apresenta uma análise completa do ciclo de vida de 83 itens de mercearia comuns, comprados ao longo de um ano por mais de 57.000 famílias nos Estados Unidos. A análise altamente detalhada destacou os pontos críticos de emissões de carbono ao longo da cadeia de abastecimento e revelou onde estão as maiores oportunidades para reduzir a pegada de carbono.


Uma das principais conclusões do trabalho mostra que (individualmente ou em família de duas pessoas) se houver uma limitação do que se compra, com vista à redução do consumo e do desperdício, serão alcançados dois terços do potencial de redução de emissões que este estudo calculou ser possível. Outro ponto de destaque do estudo é a grande pegada de carbono gerada por alimentos pré-confecionados, snacks e bebidas, que geralmente também apresentam menores benefícios nutricionais, mas são adquiridos em quantidade produzindo uma grande pegada.
O estudo aponta que, se as famílias reduzissem a ingestão de alimentos pré-peparados, se poderia reduzir a pegada de carbono numa parcela potencialmente maior do que a que se alcançaria mudando para uma dieta a base de vegetais.
Finalmente, reconfigurar as dietas para conter mais alimentos “recomendados”, como grãos e vegetais, em vez de alimentos “não recomendados”, como carne e laticínios, pode reduzir a pegada das famílias em até 29%. De uma forma geral, estas opções de redução da pegada podem permitir que 71% das famílias (dos EUA, onde foi realizado o estudo) reduzam significativamente a sua pegada de carbono.
As famílias podem ser um foco da mudança ambiental e da ação climática ativa, havendo caminhos para alcançá-la e promovê-la, seja através da educação das crianças sobre as origens dos alimentos quer consomem, seja fazendo pequenas mudanças naquilo que compramos.
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